quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Riscos do uso de efluentes radiográficos para a saúde e meio ambiente

Efluentes radiográficos tradicionais para uso com raios- x contêm produtos químicos como o Tiocianato de Amônio e Anidrido Bórico que são irritantes para a pele, olhos e trato respiratório além de perigosos se ingeridos ou acreditem, INALADOS. Eles também podem ser tóxicos para o sangue, tireóide, rins e fígado quando indivíduos são expostos de forma repetida ou prolongada.
Quando descartados de forma inadequada contaminam a natureza e se tornam tóxicos para os peixes, demonstrando causar efeitos nocivos na reprodução e no desenvolvimento de animais após exposição repetida. Tem sido demonstrado que o Anidrido Bórico pode ter efeitos neurológicos, tais como alterações de humor e de personalidade, e até convulsões . Os produtos da degradação destes líquidos têm se mostrado tão tóxicos quanto o produto original.
De acordo com o Healthcare Environmental Resource Center (USA), o fixador se tornou um resíduo perigoso por causa de seu alto teor de prata. O nível aceitável de prata é de 5 mg / litro  e o fixador usado apresenta normalmente 3.000 a 8.000 mg / litro de prata. Dessa forma, não pode ser despejado indiscriminadamente no esgoto ou eliminado como resíduo sólido comum.
Outro subproduto da técnica tradicional de  raios-x são as chapas de chumbo dos filmes radiográficos. No ambiente, os resíduos de chumbo se depositam na superfície do solo, onde pode permanecer por até 2000 anos. Ele é facilmente captado por plantas, e dessa forma entra no nosso sistema alimentar. O chumbo é uma neurotoxina mortal.
A Eco Dentistry Association (USA) estima que os consultórios odontológicos dos Estados Unidos descartam em torno de 48 milhões de laminas de chumbo a cada ano.
Apesar das múltiplas ameaças para o meio ambiente e para a saúde dos seres humanos decorrentes da utilização dos raios-x tradicionais, apenas 25% dos consultórios odontológicos nos EUA utilizam o sistema de radiografia digital.
No Brasil, infelizmente, esse número deve ser ainda menor.
Que tal começar a diminuir o impacto ambiental decorrente do uso desses efluentes radiográficos?
Na próxima postagem o Dr Leonardo Bertolassi irá sugerir uma forma alternativa de, pelo menos, amenizar o problema.

Até lá!

Fonte:
Eco Dentistry Association

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