Efluentes
radiográficos tradicionais para uso com raios- x contêm produtos químicos como
o Tiocianato de Amônio e Anidrido Bórico que são irritantes para a pele, olhos
e trato respiratório além de perigosos se ingeridos ou acreditem, INALADOS. Eles
também podem ser tóxicos para o sangue, tireóide, rins e fígado quando
indivíduos são expostos de forma repetida ou prolongada.
Quando
descartados de forma inadequada contaminam a natureza e se tornam tóxicos para
os peixes, demonstrando causar efeitos nocivos na reprodução e no desenvolvimento de animais após exposição repetida. Tem sido demonstrado que o Anidrido Bórico pode
ter efeitos neurológicos, tais como alterações de humor e de personalidade, e
até convulsões . Os produtos da degradação destes líquidos têm se mostrado tão
tóxicos quanto o produto original.
De acordo
com o Healthcare Environmental Resource Center (USA), o fixador se
tornou um resíduo perigoso por causa de seu alto teor de prata. O nível aceitável
de prata é de 5 mg / litro e o fixador usado
apresenta normalmente 3.000 a 8.000 mg / litro de prata. Dessa forma, não pode ser despejado indiscriminadamente no esgoto ou eliminado como resíduo sólido
comum.
Outro
subproduto da técnica tradicional de raios-x são as chapas de chumbo dos filmes radiográficos. No ambiente,
os resíduos de chumbo se depositam na superfície do solo, onde pode permanecer por
até 2000 anos. Ele é facilmente captado por plantas, e dessa forma entra no
nosso sistema alimentar. O chumbo é uma neurotoxina mortal.
A Eco Dentistry Association (USA) estima que os consultórios odontológicos dos Estados Unidos descartam em torno de 48 milhões de laminas de chumbo a cada ano.
Apesar das
múltiplas ameaças para o meio ambiente e para a saúde dos seres humanos decorrentes
da utilização dos raios-x tradicionais, apenas 25% dos consultórios
odontológicos nos EUA utilizam o sistema de radiografia digital.
No Brasil,
infelizmente, esse número deve ser ainda menor.
Que tal começar
a diminuir o impacto ambiental decorrente do uso desses efluentes
radiográficos?
Na próxima
postagem o Dr Leonardo Bertolassi irá sugerir uma forma alternativa de, pelo
menos, amenizar o problema.
Até lá!
Fonte:
Eco Dentistry Association
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